23 maio, 2006

Congresso Mineiro de Radiodifusão discute força do rádio

[19/05 - 11:11] Oitava edição do evento vai acontecer de 22 a 24 de maio, em Belo Horizonte

A Associação Mineira de Rádio e Televisão (AMIRT) promove, nos dias 22, 23 e 24 de maio, a oitava edição do Congresso Mineiro de Radiodifusão, no Grandarrell Hotel, em Belo Horizonte.

O evento vai discutir sobre temas de interesse dos profissionais e empresários de comunicação. No primeiro dia do evento, o painel 'A Força do Rádio - A nova era e as reais perspectivas para o meio', discute, principalmente, como aumentar a participação entre os anunciantes, a potencialidade e o crescimento do rádio.

Estarão prentes o presidente do Grupo de Profissionais do Rádio de São Paulo e do Rio de Janeiro, Antônio Rosa Neto, o diretor comercial e de marketing do grupo Bandeirantes, Sérgio Sitchin, a publicitária e executiva do Grupo de Profissionais do Rádio de Minas Gerais, Carmelita Chaves, o diretor de mercado da rede Itatiaia de Rádio, Carlos Rubens Doné, o diretor de comercialização e marketing dos Diários e Emissoras de Rádio e TV de Minas Gerais, Mário Neves, o presidente do Grupo de Profissionais do Rádio de Minas Gerais, Cristiano Carneiro Naves e a presidente do Grupo de Mídia de Minas Gerais, Patrícia Avelar.

Informações e inscrições podem ser obtidas pelo telefone (31)3274-5700 ou pelo site da AMIRT.








[19/05 -
11:11]

Oitava edi�o do evento vai acontecer de 22 a 24 de maio, em Belo Horizonte








A Associa�o Mineira de R�dio e Televis�o (AMIRT) promove, nos dias 22, 23 e 24 de maio, a oitava edi�o do Congresso Mineiro de Radiodifus�o, no Grandarrell Hotel, em Belo Horizonte. � O evento vai discutir sobre temas de interesse dos profissionais e empres�rios de comunica�o. No primeiro dia do evento, o painel 'A For�a do R�dio - A nova era e as reais perspectivas para o meio', discute, principalmente, como aumentar a participa�o entre os anunciantes, a potencialidade e o crescimento do r�dio. � Estar�o prentes o presidente do Grupo de Profissionais do R�dio de S�o Paulo e do Rio de Janeiro, Ant�nio Rosa Neto, o diretor comercial e de marketing do grupo Bandeirantes, S�rgio Sitchin, a publicit�ria e executiva do Grupo de Profissionais do R�dio de Minas Gerais, Carmelita Chaves, o diretor de mercado da rede Itatiaia de R�dio, Carlos Rubens Don�, o diretor de comercializa�o e marketing dos Di�rios e Emissoras de R�dio e TV de Minas Gerais, M�rio Neves, o presidente do Grupo de Profissionais do R�dio de Minas Gerais, Cristiano Carneiro Naves e a presidente do Grupo de M�dia de Minas Gerais, Patr�cia Avelar. � Informa�es e inscri�es podem ser obtidas pelo telefone (31)3274-5700 ou pelo site da AMIRT."

iTunes Music Store vai vender conteúdo da Discovery

[19/05 - 16:52] Programação dos canais pode ser baixada por U$ 1,99 na loja virtual

O conteúdo do grupo de canais de televisão Discovery passa a ficar disponível para compra no iTunes Music Store, loja virtual da Apple. A oferta inclui programação do Discovery Channel, TLC, Animal Planet, Travel Channel, Discovery Health Channel e Discovery Kids. As séries e programas especiais da Discovery podem ser baixados por U$ 1,99 por episódio.

A programação inclui as séries: World's Best, National Parks Short Films e Passport To Europe do Travel Channel; Amazing Babies e Pregnancy For Dummies do Discovery Health, e Kenny The Shark e Save-Ums da Discovery Kids. Além de Mythbusters, Extreme Engineering e Shark Week do Discovery Channel e Most Extreme e Breed All About It do Animal Planet.








[19/05 -
16:52]

Programa�o dos canais pode ser baixada por U$ 1,99 na loja virtual







O conte�do do grupo de canais de televis�o Discovery passa a ficar dispon�vel para compra no iTunes Music Store, loja virtual da Apple. A oferta inclui programa�o do Discovery Channel, TLC, Animal Planet, Travel Channel, Discovery Health Channel e Discovery Kids. As s�ries e programas especiais da Discovery podem ser baixados por U$ 1,99 por epis�dio. � A programa�o inclui as s�ries: World's Best, National Parks Short Films e Passport To Europe do Travel Channel; Amazing Babies e Pregnancy For Dummies do Discovery Health, e Kenny The Shark e Save-Ums da Discovery Kids. Al�m de Mythbusters, Extreme Engineering e Shark Week do Discovery Channel e Most Extreme e Breed All About It do Animal Planet."

18 maio, 2006

'Rádio Claro Hits MP3' no MSN Messenger

[17/05 - 10:07] Operadora utiliza parceria para divulgar suas ofertas em truetones

A Claro lança a 'Rádio Claro Hits MP3' para usuários do MSN Messenger. A rádio tem por objetivo apresentar conteúdos que estão disponíveis para downloads no site da Claro Idéias.

Ao todo, serão 30 trechos de músicas disponíveis com atualização constante. Os clientes vão poder ouvir trinta segundos de canções variadas, como Abalou, de Ivete Sangalo; Beautiful Day, do U2; Ela Só Pensa em Beijar, de MC Leozinho; Ciúme, do Ultraje a Rigor; Pescador de Ilusões, de O Rappa; Sorry, da Madonna; Losing My Religion, do R.E.M; entre outros.








[17/05 -
10:07]

Operadora utiliza parceria para divulgar suas ofertas em truetones








A Claro lan�a a 'R�dio Claro Hits MP3' para usu�rios do MSN Messenger. A r�dio tem por objetivo apresentar conte�dos que est�o dispon�veis para downloads no site da Claro Id�ias. �Ao todo, ser�o 30 trechos de m�sicas dispon�veis com atualiza�o constante. Os clientes v�o poder ouvir trinta segundos de can�es variadas, como Abalou, de Ivete Sangalo; Beautiful Day, do U2; Ela S�Pensa em Beijar, de MC Leozinho; Ci�me, do Ultraje a Rigor; Pescador de Ilus�es, de O Rappa; Sorry, da Madonna; Losing My Religion, do R.E.M; entre outros."

Ministro quer capital internacional longe de TV digital

André Silveira, de Brasília

[16/05 - 13:12] Durante evento promovido pela Câmara dos Deputados, Hélio Costa também ouviu que os parlamentares querem espaço para uma participação mais ativa no processo de escolha tecnológica

O ministro das Comunicações, Hélio Costa, voltou a afirmar, no debate sobre a TV Digital no Brasil, que não vai permitir que o capital internacional comande o processo de implantação do sistema no país. O recado foi direto às operadoras de telecomunicações, que reúnem capital estrangeiro. Ele também argumentou que no setor de comunicações, o único segmento que não utiliza a tecnologia digital é a radiodifusão. "A área de telecomunicações já é digital há muito tempo. O segmento adotou a tecnologia sem consultar ninguém, portanto é importante que também a TV seja digital o mais breve possível", afirmou.

O ministro, que participou nesta terça-feira, dia 16, do seminário: 'TV Digital Futuro e Cidadania - Obstáculos e desafios para uma nova comunicação', promovido pela Câmara dos Deputados, ressaltou que no processo de escolha tecnológica, o Brasil irá adotar o que for melhor dos padrões internacionais. "O padrão japonês foi o que corrigiu muitas falhas encontradas nos outros padrões, mas não há necessidade de o Brasil ficar contido em um único sistema", afirmou.

O ministro, no entanto, ouviu do presidente da Câmara, Aldo Rebelo, que o debate deve ser amplo, envolvendo todos os agentes do setor. "A Câmara já iniciou o debate sobre o tema. Promoveu uma Comissão Geral e por meio da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicações e Informática, organizou diversas audiências públicas sobre a TV Digital no Brasil".

A afirmação de Rebelo encontrou eco no pronunciamento do presidente da Comissão de Ciência e Tecnologia da Casa, deputado Vic Pires. Ele aproveitou o evento para cobrar a abertura de espaço por parte do Governo, no processo de debate. "Nós já promovemos audiências públicas, mas agora queremos participar de comissões que discutem a implantação. Já pedimos audiência com o Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, para discutirmos a questão, mas até agora não tivemos resposta". Na opinião do parlamentar, é preciso discutir o marco regulatório juntamente com o processo de definição tecnológica.

Anatel suspende autorização da TV Câmara

André Silveira, de Brasília

[16/05 - 14:02] Motivo é que apenas o padrão europeu utilizaria a autorização

Os testes de transmissão digital de sinais de televisão na Câmara dos Deputados foi suspensa pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), o que inviabilizou a exposição tecnológica que seria promovida pela Casa durante essa semana.

A freqüência seria utilizada pela TV Câmara, mas também pelos padrões de TV digital que participam de exposição tecnológica. O problema é que apenas o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações CPqD e o padrão europeu de TV digital, DVB, iram, de fato, fazer demonstrações com transmissões digitais. O padrão americano, ATSC, está pronto para demonstração, mas não utiliza a freqüência, e o padrão japonês ISDB-T desistiu na noite destasegunda, dia 15, de participar da exposição.

De acordo com a Agência, a determinação para suspender o pedido partiu do Ministério das Comunicações. Segundo parlamentares, que participam, nesta terça-feira, dia 16, de um seminário promovido pela Câmara, o argumento utilizado pela Agência foi o de que como os três padrões não estariam representados não seria correto liberar a freqüência para que apenas um deles fizesse demonstrações. A autorização tinha validade de dois meses.

16 maio, 2006

Set top box com padrão japones sai em agosto

Eliane Pereira, de Las Vegas

[26/04 - 17:00] Tecsys vai mostrar equipamento desenvolvido no Brasil preparado para captar sinais no padrão ISDB

A fabricante de equipamentos para acesso condicional (receptores, moduladores e demoduladores) Tecsys vai apresentar em agosto, durante o evento Broadcast & Cable (que será promovido pela SET entre os dias 23 e 25, em São Paulo), a primeira caixa conversora preparada para receber e decodificar os sinais no padrão ISDB. De acordo com Rodolfo Vidal, da Tecsys, a empresa está apostando que este será o padrão escolhido pelo Brasil para sua TV digital e quer sair na frente. O equipamento que será apresentado, apesar de ser um protótipo, já é comercialmente viável, dependendo apenas de demanda para ser produzido.

A Tecsys anunciou a novidade na manhã desta quarta-feira, dia 26, na NAB 2006, durante apresentação feita para a comunidade brasileira presente ao evento. Já a empresa de satélites PanamSat apresentou seu novo serviço de transmissão de TV por IP via satélite, desenvolvido em conjunto com a Nagravision. A solução tecnológica já está pronta, faltando ainda resolver questões como o modelo de negócios e a regulamentação da TV sobre IP, um dos grandes temas da NAB este ano. A feira e seminário da National Association of Broadcasters termina quinta-feira, em Las Vegas.

Set top box com padrão japones sai em agosto

Eliane Pereira, de Las Vegas

[26/04 - 17:00] Tecsys vai mostrar equipamento desenvolvido no Brasil preparado para captar sinais no padrão ISDB

A fabricante de equipamentos para acesso condicional (receptores, moduladores e demoduladores) Tecsys vai apresentar em agosto, durante o evento Broadcast & Cable (que será promovido pela SET entre os dias 23 e 25, em São Paulo), a primeira caixa conversora preparada para receber e decodificar os sinais no padrão ISDB. De acordo com Rodolfo Vidal, da Tecsys, a empresa está apostando que este será o padrão escolhido pelo Brasil para sua TV digital e quer sair na frente. O equipamento que será apresentado, apesar de ser um protótipo, já é comercialmente viável, dependendo apenas de demanda para ser produzido.

A Tecsys anunciou a novidade na manhã desta quarta-feira, dia 26, na NAB 2006, durante apresentação feita para a comunidade brasileira presente ao evento. Já a empresa de satélites PanamSat apresentou seu novo serviço de transmissão de TV por IP via satélite, desenvolvido em conjunto com a Nagravision. A solução tecnológica já está pronta, faltando ainda resolver questões como o modelo de negócios e a regulamentação da TV sobre IP, um dos grandes temas da NAB este ano. A feira e seminário da National Association of Broadcasters termina quinta-feira, em Las Vegas.

Set top box com padrão japones sai em agosto

Eliane Pereira, de Las Vegas

[26/04 - 17:00] Tecsys vai mostrar equipamento desenvolvido no Brasil preparado para captar sinais no padrão ISDB

A fabricante de equipamentos para acesso condicional (receptores, moduladores e demoduladores) Tecsys vai apresentar em agosto, durante o evento Broadcast & Cable (que será promovido pela SET entre os dias 23 e 25, em São Paulo), a primeira caixa conversora preparada para receber e decodificar os sinais no padrão ISDB. De acordo com Rodolfo Vidal, da Tecsys, a empresa está apostando que este será o padrão escolhido pelo Brasil para sua TV digital e quer sair na frente. O equipamento que será apresentado, apesar de ser um protótipo, já é comercialmente viável, dependendo apenas de demanda para ser produzido.

A Tecsys anunciou a novidade na manhã desta quarta-feira, dia 26, na NAB 2006, durante apresentação feita para a comunidade brasileira presente ao evento. Já a empresa de satélites PanamSat apresentou seu novo serviço de transmissão de TV por IP via satélite, desenvolvido em conjunto com a Nagravision. A solução tecnológica já está pronta, faltando ainda resolver questões como o modelo de negócios e a regulamentação da TV sobre IP, um dos grandes temas da NAB este ano. A feira e seminário da National Association of Broadcasters termina quinta-feira, em Las Vegas.

TI muda forma de assistir televisão

Eliane Pereira, de Las Vegas

[26/04 - 18:48] Empresas de mídia e tecnologia da informação buscam formas de trabalhar em conjunto para distribuir conteúdo em novas plataformas

A tecnologia da informação (TI) e as transmissões via protocolo de internet (IP) estão mudando o modo como se faz e se assiste televisão. E uma das conseqüências dessa revolução é que o consumo de vídeo tende a aumentar, na medida em que as pessoas passam a ter acesso a imagens no supermercado, no trabalho, no carro e na rua.
Falando nesta quarta-feira, dia 26, na NAB 2006 (principal evento da National Association of Broadcasters, que acontece em Las Vegas), Frank Dangeard, CEO da Thomson (uma das maiores fabricantes mundiais de equipamentos de mídia), destacou que, nesse novo mundo de mídias convergentes, criação e distribuição andam juntos; assim a adaptação dos conteúdos para novos dispositivos e algo a ser considerado antes mesmo da geração desses programas, e não depois. "As indústrias de mídia e de tecnologia devem ser parceiras nesse novo panorama, e não competidoras. No fim todos vão se beneficiar - a mídia, as empresas de tecnologia e os consumidores", disse Dangeard.

Globo.com renova formato de venda de publicidade

[09/05 - 16:35] Espaços podem ser adquiridos por períodos do dia e tipos de conteúdo

A Globo.com lança em seu portal um novo conceito de compra de espaços de mídia por períodos do dia e tipos de conteúdo. A idéia é oferecer ao anunciante a oportunidade de atingir um target mais específico na internet. Os anúncios, a partir de agora, podem ser programados junto às principais notícias da manhã nos sites de jornalismo, por exemplo, ou nas tardes de quarta-feira junto às últimas notícias do esporte ou nas noites de sexta e sábado nos sites de entretenimento.

TV Cultura terá conteúdo nos intervalos

[09/05 - 18:26] Comerciais da emissora trarão série de vinhetas e programates homenageando personalidades do universo cultural

A TV Cultura lança projeto para utilizar seus espaços comerciais com a veiculação de conteúdo. Estréia na próxima segunda-feira, dia 15, na TV Cultura, o "Cultura no Intervalo". Trata-se de uma série de vinhetas e programates homenageando personalidades do universo cultural, que serão exibidos nos intervalos da programação.

Os programas, de até 30 segundos, enfocarão a vida, obra e curiosidades de personalidades que contribuíram para o desenvolvimento da arte brasileira - cada artista terá de quatro a cinco programetes. Na semana de estréia serão homenageados Paulo Autran, Cazuza, Oscar Niemeyer, Jamelão, Anselmo Duarte, Lygia Fagundes Telles, Tomie Ohtake, Vinicius de Moraes, Ruth Rocha, Tatiana Belinky e Ziraldo. Também está prevista, em breve, a produção de vinhetas e programetes lembrando outros grandes nomes.

Associação vai incentivar ações de marketing via celular

Eliane Pereira

[10/05 - 09:26] Empresas envolvidas na criação e distribuição de conteúdo para dispositivos móveis negociam formação de entidade para alavancar negócios

As empresas envolvidas na criação e distribuição de conteúdos para aparelhos celulares devem montar, até agosto, uma associação nos moldes da Mobile Marketing Association (MMA), entidade com sede nos Estados Unidos que se dedica a incentivar ações de marketing em dispositivos móveis. A primeira reunião no sentido de formar a nova associação deveria acontecer nesta terça-feira, dia 09, em São Paulo, conforme anunciado durante o evento promovido pela revista Tela Viva para mostrar as oportunidades de negócios no universo da telefonia móvel.

A negociação para a formação da nova entidade conta com a participação da diretora executiva da MMA, Laura Marriott, que participa como convidada do evento e mostrou cases de marketing via celular no mercado norte-americano. Pesquisas mostram que 3% dos norte-americanos já participaram de alguma ação de marketing pelo celular, o que resulta num universo de quase 7 milhões de pessoas. No Brasil as ações são ainda incipientes: para o diretor geral da Mobile Mixer, Fernando Sodré, o número de celulares capazes de receber ações de marketing móvel não deve passar de seis milhões.

Especialistas discutem marketing político na internet

André Silveira, de Brasília

[10/05 - 12:03] Evento promovido pelo Meio & Mensagem debate experiência de jornalistas na relação com a tecnologia

O universo de 33 milhões de usuários de internet no Brasil vai trazer uma nova realidade para as eleições desse ano. Mas, apesar desse número, a influência da rede no processo de forma decisiva ainda não deverá acontecer no processo de 2006. Essa é a opinião do jornalista Leão Serva, diretor de jornalismo do portal IG.

Segundo o jornalista, que participou nesta quarta-feira, dia 10, do evento Marketing Político e Internet, promovido pelo Meio & Mensagem e Digital Mediavox em Brasília, o meio de comunicação passou a ser uma ferramenta muito utilizada por quem produz informação para o público. "A internet proporciona cobertura ampla. Diferente do rádio, que desenvolve uma cobertura pulverizada. Na Internet, a informação está concentrada em grandes portais, o fortalece o meio e o transforma como veículo de massa", comenta.

O jornalista também destaca que na relação com o público a vantagem da internet é que o interlocutor pode interagir com o público em tempo real. "Sem dúvida, a internet é a espinha dorsal da informação, que tem presença forte no Brasil".

Ele ainda ressalta que apesar da agilidade e a interatividade, a Internet tem aspectos negativos. Um deles é a realização de enquetes. "Essas pesquisas informais são feitas com um universo pequeno de pessoas, o que não traduz a realidade. O problema é que a imprensa faz a cobertura dessas enquetes, como se fossem pesquisas". Outro aspecto negativo citado por Serva é o spam, e-mails direcionado para várias pessoas, que geralmente não trazem informações verdadeiras.

O jornalista Ricardo Noblat, que mantém um blog desde o ano de 2004, também participou do evento. Ele destacou que a cada dia cresce o número de leitores online. Ele também ressaltou que o brasileiro internauta tem dedicado em média 16h54min por mês à internet.

Ele destacou que nos Estados Unidos, o aproveitamento de internet em campanha política é cada vez maior. O jornalista destacou que o blog é uma ferramenta interessante, pois o autor interage com os visitantes. No entanto, alertou que quem mantém um blog está exposto a críticas. "Realmente é uma aproximação com o público",diz.

Noblat diz que a experiência do blog é rica, pois o espaço não é dedicado somente à noticias. "Temos uma rádio online e também a história da morte de Getúlio Vargas. Na realidade, é um espaço onde se pode criar muito".

Rádios poderão escolher horário da Voz do Brasil

Eliane Pereira

[11/05 - 10:00] Comissão da Câmara aprova projeto que permite que o programa seja veiculado entre as 19h e as 22h

A Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara dos Deputados aprovou nesta quinta feira, dia 10, um projeto de lei que permite às emissoras de rádio escolher o horário em que transmitirão 'A Voz do Brasil'. O programa, que hoje tem veiculação obrigatória entre as 19h e às 20h, poderá ser transmitido entre as 19h e às 22h. Algumas rádios já põe no ar o programa em horários alternativos, amparadas em liminares judiciais.

"É importante que a discussão para rever este instrumento tenha chegado ao Congresso e que tenha sido aprovado por unanimidade. Esse foi o primeiro passo concreto em busca da flexibilização", comemora o presidente da Associação Brasileira das Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), José Inácio Pizani. A matéria segue agora para apreciação pelo Senado.

O projeto aprovado é o substitutivo do relator José Rocha (PFL-BA) ao PL 595/03, da deputada Perpétua Almeida (PCdoB-AC). O projeto original previa, além da flexibilização, a obrigatoriedade de transmissão do programa pelas emissoras de TV aberta, mas o parecer do relator foi contrário a essa proposição. "Sou contrário a essa pretensão porque, além de estender a obrigatoriedade, que já está sendo debatida, não temos condições de operacionalizar isso", argumenta Rocha.

10 maio, 2006

Filme sugere a extinção da mídia pelo Google

Publicada em 07 de outubro de 2005 às 19h20

Em 'EPIC 2015', o Google de hoje é transformado em um império de informações
que ameaça acabar com a mídia - tudo daqui apenas dez anos.
O que será que o Google está planejando para amanhã, semana que vem ou daqui
dez anos? Ao passo que a companhia se posiciona gradativamente como um
provedor de conteúdo totalmente online, questões sobre qual será a sua
estratégia a médio e longo prazos começam a surgir, dando origem a algumas
previsões absurdas, alarmistas ou mesmo dramáticas. Uma delas, entretanto,
parece ser um tanto mais intrigante.
Em "EPIC 2015", um filme de oito minutos criado pelos jornalistas
norte-americanos Matt Thompson, do Star Tribune de Minneapolis, e Robin
Sloan, da emissora de TV por satélite Current, o Google de hoje é
transformado em um império de informações tão influente que ameaça acabar
com a mídia, fazendo-a perder o sentido da própria existência por não
exercer mais justamente o papel de informar - tudo isso daqui apenas dez
anos.
Imagine o cenário: No dia 4 de agosto de 2011, o jornal The New York Times
perde uma ação contra o Google na Suprema Corte dos Estados Unidos, na qual
tenta impedir que o mecanismo de busca utilize robôs para reescrever
notícias e reportagens de acordo com os gostos do leitor, alegando infração
das leis de direito autoral.
A decisão marca uma vitória histórica para o Google, que três anos antes
havia se fundido com a Amazon.com. Combinando a tecnologia de buscas do
Google e o mecanismo de recomendação social da Amazon, as duas companhias
criam o Googlezon, um serviço bombástico que permite a personalização total
e automática de conteúdos, notícias e propagandas para os seus usuários.
Em uma demonstração de protesto, o The New York Times deixa de publicar
notícias online, virando uma espécie de newsletter impressa destinada aos
mais velhos e à elite financeira e intelectual, de acordo com o filme.
GoogleGrid
Thompson e Sloan mostram, então, o Google expandindo os seus negócios para
depois combinar os recursos do Blogger, do GMail e do Google News - mais o
sistema de recomendação da Amazon - para criar o Google Grid, uma plataforma
universal que serve para os usuários armazenarem e compartilharem
informações.
A companhia refina o seu algoritmo de busca e começa a construir notícias
dinamicamente, coletando sentenças e fatos de diversas fontes para depois
recombiná-las de acordo com os interesses do usuário.
Em 2014, o Google cria o EPIC - Evolving Personalized Information Construct,
um sistema próprio de categorização que filtra e divulga as notícias.
Usuários de todo o mundo podem contribuir com novas notícias e dados, sendo
recompensados com uma pequena fatia da receita de publicidade do Google,
dependendo da popularidade da contribuição.
As informações são entregues ao internauta do futuro de acordo com os
hábitos de consumo, dados demográficos, seus interesses e até os de seus
amigos mais próximos.
Mistério
Em entrevista ao IDG, Thompson revela que a idéia do filme surgiu de uma
troca de idéias sobre como algoritmos avançados de busca poderiam modificar
a maneira como a informação é organizada, junto com a possibilidade cada vez
maior de misturar todos esses fatos.
Ambos escolheram o Google como protagonista do filme por causa da "aura de
mistério à sua volta", que outras poucas companhias possuem, disse ele.
Desde que o filme foi publicado na web, ao final do ano de 2004, diversos
blogs e veículos impressos publicaram artigos e matérias sobre o assunto. O
norte-americano Financial Times chegou a afirmar que até Rupert Murdoch -
diretor da News Corporation, uma das maiores e mais influentes empresas de
mídia - chegou a ver o vídeo.
"Mas o New York Times não escreveu nada sobre o assunto", disse Thompson. "E
o Google ficou curiosamente mudo".
"Não acredito que eu tenha conversado com um único empregado do Google desde
então", afirma ele. "Mas tenho certeza que eles chegaram a assistir".
Mesmo confessando que "EPIC 2014" seja uma coleção de adivinhações - a
maioria delas não verdadeiras - ligadas de maneira sensacionalista, Thompson
diz que essa era a intenção inicial do filme.
"É o que escolhemos, e o seu sucesso comercial garantiu muita discussão
sobre mídia e democracia, ou ética jornalística", diz.
Tendências
Apesar de que os detalhes de EPIC serem muitas vezes exagerados e não
passarem de especulação, é possível observar diversas tendências sobre a
mídia se fundindo com empresas de tecnologia.
No mês passado, o Google anunciou melhorias no seu serviço de vídeo, que
permite aos internautas enviarem seus próprios filmes e visualizá-los no
navegador sem ajuda de um software adicional.
Já o Yahoo! divulgou o apoio à Open Content Alliance, uma iniciativa que
pretende a criar um arquivo online gigante para coleções digitais de livros
e filmes de domínio público. Projeto similar tem o Google, com o Google
Print, que busca criar uma biblioteca virtual de livros digitalizados.
O eBay, por sua vez, recentemente comprou o software de Voz sobre IP (VoIP)
Skype, deixando-a a um passo de criar serviços de convergência.
"EPIC 2015 é algo que podemos olhar novamente no futuro e saber que
capturamos o que se passava nessa época", disse Thompson.
Se você está curioso, as duas versões de EPIC - a 2015 e a 2014 - podem ser
acessados no link: http://epic.makingithappen.co.uk/ (em inglês / tradução
abaixo)

08 maio, 2006

Alguém tem que pagar pela TV. Mas quem? E como?

Para forçar o telespectador a assistir aos comerciais, projeto prevê que
troca de canais fique bloqueada

Randall Stross

Eles só vão tirar meu controle remoto quando arrancarem das minhas mãos
frias e mortas.

Foi este o pensamento em minha mente depois da minha primeira leitura de um
pedido de patente para um novo tipo de televisor e gravador de vídeo
digital, recentemente registrado por uma unidade da Royal Philips
Electronics no Escritório de Patentes e Marcas dos EUA. A idéia parece
ameaçar o direito inalienável de mudar de canal durante os comerciais ou
pular os anúncios dos programas gravados.

Uma segunda leitura, mais calma, do pedido de patente revelou que a proposta
manteria o direito de evitar os comerciais, mas apenas para quem pagasse uma
taxa. Os que não quisessem pagar seriam impedidos de trocar de canal durante
os comerciais. Se o telespectador tentar burlar o sistema gravando os
programas e pulando os anúncios durante a apresentação, o novo gravador
detectaria cada segmento de comerciais e desabilitaria o botão para adiantar
a fita durante os anúncios.

O conceito parece comercialmente morto ao nascer: qual consumidor compraria
uma televisão programada para cobrar taxas? Quando conversei, na semana
passada, com o executivo responsável pela propriedade intelectual da
Philips, Ruud Peters, para saber como a idéia seria apresentada aos
consumidores, ele explicou que o pedido de patente não tinha conexão com
nenhum produto sendo produzido pela Philips. Ele disse ainda que o conceito
de temporariamente impedir o funcionamento do controle remoto para proteger
a propaganda já existe e não se originou em sua empresa.

No entanto, a possibilidade de limitar o uso do controle remoto só pode ser
realizada com um novo padrão técnico --MHP (das iniciais em inglês de padrão
multimídia caseiro)-- que a indústria de televisão está contemplando para o
futuro. Nem as redes transmissoras nem os produtores de televisores, cuja
cooperação conjunta seria necessária, ainda adotaram o padrão. Se a
indústria de televisão adotasse o MHP, os canais poderiam inserir sinais
especiais para imobilizar o controle remoto durante os comerciais. Se isso
acontecer, Peters disse que a tecnologia da Philips dará "aos consumidores a
liberdade de escolha" --"liberdade" sendo definida como a opção de pagar uma
taxa para reconquistar o uso do controle remoto.

A proposta da Philips de pagar para surfar pode ser a primeira do tipo, mas
provavelmente veremos outras que não teriam aparecido no passado, quando a
televisão baseada em propaganda prosperava. Hoje, o gravador de vídeo
digital está lento, mas determinadamente canalizando a indústria. Em 2005,
dez milhões de lares tinham DVR, de acordo com a Forrester Research; o
número deve pular para 15 milhões neste ano, 30 milhões no próximo e 42
milhões em 2010. A Scientific-Atlanta, que fornece as caixas de recepção
para todas as grandes empresas de televisão a cabo, informa que metade de
suas caixas hoje são equipadas com DVR.

O que isso significa para a propaganda pode ser inferido a partir dos dados
coletados pela TiVo, que tem 4,4 milhões de assinantes. Davina Kent,
vice-presidente da empresa, disse que quando seus clientes assistem a
programas gravados, pulam 70% dos comerciais.

O dado não escapou aos anunciantes. Josh Bernoff, analista da Forrester,
previu que "no ano que vem, veremos um declínio significativo nos gastos dos
anunciantes na televisão, como resultado dos gravadores de vídeo digital."

A indústria de televisão não decidiu como reagir. Há quatro anos, Jamie
Kellner, então presidente da Turner Broadcasting System, observou em
entrevista à revista CableWorld que os telespectadores que usavam DVR para
pular os anúncios estavam cometendo "roubo"; um minuto depois ele descreveu
a prática como "roubar a programação". Ele abriu uma exceção para visitas ao
banheiro.

As observações geraram críticas instantâneas de fora da indústria. No
entanto, ele acertou em sua previsão do crescimento do DVR quando disse, na
mesma entrevista, que as redes precisavam criar um "novo modelo" para
coletar a receita dos consumidores que usavam gravadores para pular os
comerciais.

A CBS OnDemand aluga episódios sem anúncios por uma tarifa modesta de US$
0,99 (em torno de R$ 2), mas que precisam ser assistidos até 24 horas após
serem baixados para um computador. A idéia ainda é um experimento. (Os
programas abaixados em computador revelam quanto tempo os comerciais ocupam
tradicionalmente: sem os comerciais, um programa de 60 minutos pode ter
apenas 41 minutos.) Há ofertas abundantes de programas de televisão na
iTunes, que custam US$ 1,99 (em torno de R$ 4) mas que não morrem depois de
um prazo estabelecido e também são uma idéia em estudo. Um padrão único para
a indústria que imobilize o controle remoto e a proposta da Philips de pagar
para surfar também fazem parte das possíveis respostas ao dilema da
indústria.

Eu não prestei atenção às ofertas on-line de episódios únicos de televisão
porque meu DVR funciona tão bem e a função de adiantar o filme no meu
controle remoto também. (O botão que programei para fazer um salto de 30
segundos está funcionando belissimamente, apesar de ser pressionado tão
enfaticamente quanto uma campainha de hospital conectada a uma bomba de
morfina.) Por que eu iria comprar aquilo que meu DVR grava sem esforço sem
custo algum? Mesmo que eu sentisse um mínimo de preocupação por pular os
anúncios, por estar violando um contrato implícito que Kellner afirmou
existir entre a rede e o telespectador da televisão patrocinada pelos
anúncios, conforto-me sabendo que esse contrato não existe.

James Boyle, professor de direito da Universidade Duke disse que os
anunciantes oferecem um programa sabendo que apenas uma fração do público
assiste aos comerciais. Os anunciantes compram nada além de "uma
possibilidade" e o telespectador não é obrigado a assistir a todos
comerciais, assim como um motorista não é obrigado a ler todos os outdoors.

A questão legal mais complicada dos DVR não é pular os anúncios, mas algo
ainda mais básico: o direito de se fazer uma cópia de um programa para uso
pessoal. Minha afirmativa sobre um direito inalienável de pular os
comerciais seria esvaziada se os criadores do programa que estou assistindo
pudessem exercer plenamente sua proteção por autoria e impor um controle
sobre as cópias de seu trabalho criativo.

Desde o nascimento do gravador de videocassete para uso doméstico, nos anos
70, copiamos impunemente programas de televisão protegidos por direitos
autorais, usufruindo da isenção por "uso justo", garantida para este
propósito não comercial. A legalidade desse tipo de cópia doméstica foi
estabelecida em uma decisão da Suprema Corte, no caso da Sony Corp. contra a
Universal City Studios Inc., em 1984.

A decisão tratou da cópia por um gravador Betamax e continua sendo um
precedente importante que protege as cópias atuais feitas com DVR. Mas se
analisarmos como a corte chegou à decisão no caso da Sony --por 5 votos a
4-- e como a tecnologia de gravação mudou e novas oportunidades de negócios
se abriram desde então, fica difícil entender como a maioria da corte
conseguiria manter a mesma posição atualmente.

A justiça mantém a isenção pelo "uso justo" somente quando não prejudica o
valor comercial da obra protegida. Na época do processo, com as máquinas
antigas, pular anúncios dava tanto trabalho que quase não valia a pena. No
julgamento, dados de pesquisa demonstraram que apenas 25% dos anúncios
gravados eram pulados. Diante do testemunho de Fred Rogers de "Mister Rogers
' Neighborhood" da PBS, que gostava que copiassem seu programa, os estúdios
de cinema que entraram com a ação não conseguiram convencer os juizes de que
a cópia de filmes apresentados na televisão prejudicava seus negócios.

Será que evidências indiscutíveis de que o DVR facilitou evitar assistir os
anúncios faria uma diferença no caso da Sony fosse hoje? Paul Goldstein,
professor na Faculdade de Direito de Stanford, acha que sim. "Se tudo fosse
igual, exceto o índice de omissão dos anúncios --esse seria um fato
convincente que teria feito uma diferença", disse ele.

Randal C. Picker, professor de direito da Universidade de Chicago, salientou
que a disponibilidade comercial de programas de televisão em lojas como
iTunes é outra mudança enormemente importante a ser considerada pela justiça
se um caso como o da Sony fosse litigado hoje.

Como custear a televisão gratuita é uma questão ampla e não respondida,
disse Picker. Falando como telespectador, ele disse: "Quero que outros
assistam aos anúncios. Mas não podemos todos não assistir."

Música em abrigos de ônibus por Missão Impossível

[05/05 - 13:15] Sensores de movimento busca surpreender os pedestres pelo impacto sonoro

A Clear Channel lança projeto para seu mobiliário urbano no Rio de Janeiro, com campanha do filme da UIP, Missão Imposível III. Aproveitando o lançamento do filme na cidade, foram instalados sensores de movimento em 15 abrigos de ônibus que acionam a música tema do filme.

A novidade, além de criativa, busca surpreender os pedestres pelo impacto sonoro. E para poder manter o volume nos níveis adequados, foram instalados outros sensores que medem os ruídos externos de carros, ônibus, estipulando o volume de execução da música.

Todo o sistema de sensores foi desenvolvido pela equipe de projetos especiais de Clear Channel no Brasil. A campanha está sendo veiculada na cidade de Rio de Janeiro, em 15 abrigos de ônibus da empresa, estrategicamente localizados.

04 maio, 2006

ABA assina manifesto por TV digital

[03/05 - 12:30] Associação solicita maior número de consultas, debates e negociações para que consenso seja alcançado

A ABA - Associação Brasileira de Anunciantes preparou um manifesto que solicita informações sobre os planos governamentais a respeito da introdução da TV Digital no Brasil. A carta - abaixo, na íntegra - foi enviada ao Ministro Hélio Costa e pede uma maior discussão, consultas, debates e negociações para que o padrão a ser adotado no País seja tomado em consenso. Segundo a carta, este é apenas o primeiro passo de um série de desdobramentos que podem "afetar de modo relevante a sociedade como um todo", o próprio meio TV, as demais mídias, as empresas anunciantes, as agências e as produtoras.

Acompanhe:

"Senhor Ministro,

A Associação Brasileira de Anunciantes (ABA) é uma entidade sem fins lucrativos e de utilidade pública, com 47 anos de existência, que reúne cerca das 300 principais empresas anunciantes do País - responsáveis por mais de 70% dos investimentos realizados na televisão aberta -, e tem a finalidade de representá-las institucionalmente para defender seus pontos de vista, direitos, interesses e prerrogativas.

Muitas das principais organizações industriais, financeiras, comerciais e de serviços que movimentam a economia brasileira são associadas da ABA - incluindo as maiores empresas controladas pelo Governo Federal, como a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, que está subordinada a este Ministério.

Nossas associadas representam, em seu conjunto, a parcela maior dos investimentos publicitários feitos no País, especialmente na TV aberta brasileira, conforme mencionado.

Pelo sistema adotado no Brasil para viabilizar a TV aberta, 100% de sua receita advém da venda de publicidade. Por essa razão, temos acompanhado as discussões sobre o padrão de TV digital a ser adotado no Brasil e gostaríamos de ponderar e solicitar informações sobre os seguintes pontos:

Qual são as vantagens e desvantagens dos sistemas que foram analisados e as características essenciais do sistema japonês, neste ponto recomendado pelo Ministério como o melhor para o Brasil?

Quais são as propriedades e vantagens de uso desse padrão japonês em múltiplas plataformas, adicionalmente à televisão?

Quais seriam as alternativas adicionais de uso publicitário e promocional do sistema recomendado, além da veiculação de comerciais?

Quantos canais adicionais o Ministério estuda liberar para cada emissora que adotar o sistema digital? Quais serão as exigências para a liberação desses canais adicionais e quais serão as regras que nortearão sua permanência no ar?

Além da comercialização de tempo publicitário e patrocínios, o Ministério estuda a possibilidade de liberar a comercialização de algum tipo de assinatura ou pagamento por serviço prestado, pelas emissoras que se digitalizarem, para esses canais adicionais?

As emissoras poderão arrendar a totalidade ou parte do tempo desses canais adicionais para outras organizações de mídia, para empresas, para órgãos dos poderes públicos ou para organizações não-governamentais?

A digitalização das emissoras existentes será obrigatória? Em quanto tempo? A partir da adoção do sistema digital todas as concessões serão feitas apenas nessa modalidade?

O conteúdo de programação e os comerciais originalmente produzidos em processos analógicos poderão ser transpostos para o padrão digital que se recomenda adotar no Brasil?

A base existente de receptores - sejam analógicos, sejam de algum modo digitais - aceitará o sinal do padrão digital recomendado sem prejuízos relevantes para a qualidade de sua recepção?

Os custos de aparelhamento das emissoras, incluindo seus sistemas de produção, edição e transmissão de sinal serão significativamente diferentes dos atuais? Haverá compensação de eventual maior custo de instalação devido ao menor custo de operação e manutenção? Ou haverá um aumento real dos custos das emissoras de televisão com a decorrente necessidade de majoração de suas tabelas de publicidade?

Ressaltamos que nossa preocupação não é simplesmente deletéria, uma vez que o impacto econômico da adoção da TV digital - bem como do padrão escolhido - com certeza se refletirá nos valores cobrados pelas emissoras aos anunciantes pelas modalidades já existentes; assim como as novas possibilidades também resultarão em mais opções, por um lado, e maior divisão dos índices de audiência em função do aumento da oferta de alternativas à população.

Alertamos, ainda, que os cálculos sobre a disponibilidade de verbas publicitárias existentes para financiar a adoção da TV digital no Brasil devem ser feitos com grande cuidado, com fundamento na realidade econômica de nosso mercado de consumo e no custo permissível da publicidade a ele dirigida. Não se deve imaginar que as verbas publicitárias sejam muito elásticas, porque os anunciantes presentes da TV aberta continuarão a empregar todo o mix de meios e veículos existente; da mesma forma que é limitado o potencial de entrada de recursos de novos anunciantes para esta modalidade de televisão.

Ao mesmo tempo em que aguardamos esclarecimentos deste Ministério sobre os pontos acima enumerados, ressaltamos que os dirigentes e o corpo executivo de nossa entidade estão ao inteiro dispor dos encarregados de desenvolver as normas da TV digital brasileira para auxiliá-los, no que for possível e pertinente, a melhor realizar essa tão importante tarefa.

Pela importância da questão, agradeceríamos receber uma resposta deste Ministério no prazo mais breve possível, de forma a termos como esclarecer nossas associadas e podermos enviar eventuais sugestões de aperfeiçoamento nas propostas em análise para esse fundamental passo evolutivo da mídia e da economia nacional.

Saudações.

Ricardo Alves Bastos
Presidente"